A Chanel, renomada marca de moda de luxo, anunciou nesta quarta-feira (22) o corte de 70 postos de trabalho nos Estados Unidos. A medida faz parte da estratégia da empresa para enfrentar os desafios econômicos atuais. Segundo informações da Bloomberg, o número representa cerca de 2,5% da força de trabalho da Chanel no país. Globalmente, a empresa empregava aproximadamente 36.500 funcionários em 2023, conforme dados divulgados em maio do ano passado.
Em nota oficial, a grife destacou que ajustes como este são esperados em qualquer mercado, mas reafirmou que os Estados Unidos continuam sendo um elemento estratégico crucial para os planos de longo prazo da companhia.
O Desempenho Regional da Chanel
A América respondeu por aproximadamente 20% das vendas totais da Chanel em 2023. A Europa foi responsável por 28%, enquanto a região da Ásia-Pacífico liderou com 52% da receita da marca, consolidando-se como o principal mercado da empresa no cenário global.
Contexto do Mercado de Luxo
Os cortes realizados pela Chanel refletem uma desaceleração mais ampla na demanda por bens de luxo. A consultoria Bain estimou, em novembro de 2023, que o mercado de bens de luxo pessoais teria um crescimento moderado de até 4% em 2024, sugerindo estabilidade no setor.
Apesar disso, há sinais de recuperação. Na última semana, após o conglomerado Richemont divulgar resultados acima das expectativas, puxados pelo desempenho da marca Cartier, especialistas sugeriram que o pior momento da retração na demanda global pode ter ficado para trás.
O mercado agora aguarda os resultados do grupo LVMH, proprietário de marcas como Louis Vuitton e Dior, que serão divulgados no próximo dia 28. Esses dados poderão trazer mais clareza sobre o comportamento do setor de luxo no início de 2024.
Essa decisão da Chanel reflete a necessidade de adaptação das empresas de luxo a um ambiente econômico desafiador, enquanto buscam manter relevância e competitividade no cenário global.
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